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Diário de Bordo - Aula 14: Restauração de Florestas e Agricultura Sustentável



Quais são os desafios enfrentados na restauração de florestas no Brasil?Essa foi a pergunta chave que perdurou a nossa 14a aula de hoje do curso Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais sobre restauração de florestas e a agricultura sustentável, com foco em práticas que promovem a resiliência ambiental e a segurança alimentar. Com os convidados, César Haag e Marco Belotti (saiba mais sobre os palestrantes no fim deste texto). Para quem não sabe, todas as aulas são iniciadas com uma música escolhida por um participante do curso. E a de hoje, vale uma menção honrosa: "Tubi, Tupi" de Lenine (Clique aqui para ouvir). Sua mensagem fala sobre a ancestralidade e a relação com a natureza. Nossa colega Larissa Moreira que escolheu, compartilhou que ouviu a canção pela primeira vez no filme "Caramuru" e ressaltou a importância de sua letra, que menciona figuras indígenas e a figura do astronauta Tupi, desafiando estereótipos.Iniciando a aula, abordamos as estratégias de restauração e agricultura sustentável, discutindo a agricultura regenerativa como uma estratégia essencial para a transição climática, enfatizando que a mudança cultural na agricultura é um desafio significativo. Ah, e lembramos: o Brasil tem a meta de restaurar 25 milhões de hectares até 2030. É muita coisa, e precisamos de ações urgentes!Dados preocupantes sobre o desmatamento também foram abordados: o Brasil possui 28 milhões de hectares afetados, e a agricultura pode regenerar e não destruir. Vimos a importância dos sistemas agroflorestais dentro de modelos de negócio mais justos, que valorizem quem está na base da produção. Reforçamos que precisamos de políticas públicas eficientes e apoio técnico para fazer essa transição acontecer de verdade.Marco Bellotti discutiu a formação de florestas através de processos de sucessão natural e sintropia, que favorecem a complexidade e a diversidade. Ele detalhou os sistemas de colonização, acumulação e abundância, ressaltando como a agricultura convencional tende a simplificar esses sistemas, resultando em desequilíbrios ecológicos e dependência de insumos químicos. Pontos de destaque:


  • Importância da sintropia e sucessão natural na formação de florestas.

Conceitos de equilíbrio dinâmico e sua relevância em sistemas regenerativos.


Ainda destacou alguns desafios e oportunidades dentro da cadeia agroflorestal brasileira que incluem a falta de capital, dificuldade de acesso a crédito e a necessidade de formalização da mão de obra. Marco menciona a importância de criar uma rede de fornecedores e serviços para alavancar a produção agroflorestal e discute a necessidade de um mercado mais estruturado para garantir a segurança do produtor.


E no meio de tudo isso, enxergamos uma “luz no fim do túnel": experiências em agroecologia e restauração de florestas. Gean Bastos compartilhou a trajetória da APASPI, que começou em 2012 com três grupos e hoje conta com 174 associados. Ele destacou a relevância dos consórcios agroecológicos e a diversificação das atividades produtivas, como apicultura e sistemas agroflorestais, para garantir a segurança alimentar e a geração de renda nas comunidades, contribuindo no seu fortalecimento principalmente quando envolvem mulheres e jovens.


A aula foi intensa, cheia de provocações e aprendizados. Saí de lá pensando em como podemos transformar tudo isso em ação, e como a natureza pode (e deve!) estar no centro de um novo modelo de desenvolvimento sustentável.



Saiba mais sobre as palestrantes:



César Haag

Cientista Social formado pela UFPR, Mestre em Ciências Ambientais e Sustentabilidade na Amazônia (UFAM), com trajetória profissional ligada a trabalho com povos e comunidades tradicionais, especialmente com o desenvolvimento de cadeias de valor agroextrativistas e bioeconomia. Com passagens em grandes ONGs como o WWF e a Conservação Internacional. A partir de 2015 assumiu a direção da SOCIOLÓGICA, empresa pela qual nos últimos anos vem colaborando com a Belterra Agroflorestas na elaboração de projetos de desenvolvimento territorial a partir da restauração florestal.






Marco Oliveira Belotti

Formado em Agronomia pela Universidade EARTH (Costa Rica), com experiências multiculturais em trabalhos de desenvolvimento agrícola e socioeconômico em diferentes regiões do Brasil e do Mundo. Hoje dedicado ao estudo e à prática de iniciativas que trabalhem em prol da autonomia comunitária, da justiça social e da proteção do meio ambiente e da biodiversidade através da promoção de sistemas produtivos agroflorestais e agroecológicos na Belterra Agroflorestas.





Texto escrito por Ana Clara Caldas, publicitária e participante da 12a edição do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais.

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