Diário de Bordo - Aula 9: Transição Energética Justa
- YCL info
- 17 de abr.
- 3 min de leitura
Qual o futuro que precisamos construir juntos?
Você já parou para pensar de onde vem a energia que move a sua casa, o seu transporte ou até o seu celular? Foi uma reflexão que fiquei fazendo logo quando começou a aula do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais.
Em nossa nona aula, o tema central foi Transição Energética Justa, onde os nossos professores Júlia da Rosa Howat Rodrigues ( engenheira mecânica) e Napoleão Ferreira de Oliveira ( extrativista e agricultor familiar) nos conduziram sobre esse conceito, que vai muito além de trocar uma fonte de energia por outra.Trata-se de garantir que essa transformação seja ambientalmente responsável e socialmente inclusiva(saiba mais sobre eles no fim deste texto).
A transição energética é um movimento global rumo a uma economia de baixo carbono, com uma matriz elétrica baseada em fontes renováveis como energia solar, eólica, hidrelétrica e biomassa. E essa transformação não é só ambiental: ela também envolve tecnologia, digitalização de processos e uma reestruturação completa do setor elétrico mundial.
No cenário internacional, essa mudança está moldando uma nova era voltada para tecnologias limpas, como os veículos elétricos e os sistemas de energia distribuída. É uma revolução que já está em curso e que movimenta trilhões de dólares em investimentos, mas que também traz seus desafios, especialmente em países com desigualdades sociais profundas, como o Brasil.
Foi muito interessante ouvir que o Brasil é talvez o único país que já vem fazendo essa transição há décadas. Nosso histórico de uso de energia hidrelétrica e os recentes avanços em energia solar e eólica nos colocam numa posição privilegiada. Mas, como aprendemos, isso não significa que já chegamos lá.
Apesar do enorme potencial, nossa demanda por energia elétrica tem crescido de forma tímida, cerca de 3% ao ano. Isso dificulta a atração de investimentos para novas tecnologias e indústrias. E, sem crescimento econômico, é difícil sustentar qualquer transformação de longo prazo.
Além disso, o Brasil tem metas ambiciosas: aumentar em 45% a participação de fontes renováveis até 2030 e reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estufa até 2025. Parece ousado? É. Mas também é absolutamente necessário.
O que falta agora é clareza de direção. Precisamos decidir para onde queremos crescer, e com quais valores. O momento de alinhar políticas, investimentos e ações concretas é agora. E não se trata apenas de acompanhar o mundo, mas de entender que temos as condições de influenciar o caminho global da transição energética.
E para concluir, tive uma ideia: indiquei para o Chat GPT para gerar uma imagem que transmitisse o fator mudanças climáticas com a transição energética justa, com referência artística do Studio Ghibli, e o resultado foi um tanto reflexivo. Compartilho aqui com vocês:

Saiba mais sobre os palestrantes:

Júlia da Rosa Howat Rodrigues
Engenheira mecânica formada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com mestrado em energias renováveis pela mesma instituição. Toda sua experiência profissional se deu no setor elétrico, tendo atuado na distribuição e geração de energia elétrica. Lidera a equipe de P&D e Inovação da Auren Energia, empresa de geração de energia 100% renovável do grupo Votorantim, sendo responsável por implementar e gerir a estratégia de inovação da companhia, envolvendo a prospecção, avaliação e gestão de projetos de novos produtos e serviços que gerem benefícios para a empresa e para a sociedade.

Napoleão Ferreira de Oliveira
É extrativista e agricultor familiar. É morador da comunidade de Vila Limeira, na Reserva Extrativista do Médio Purus, município de Lábrea (AM).
Texto escrito por Enock Galdino, Publicitário e participante da 12a edição do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais.
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