Diário de Bordo - Aula 5: Política Internacional e a COP 30 no Brasil

Provavelmente você já deve ter ouvido que neste ano tem a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas no Brasil, a COP 30. Afinal, o que isso significa? No quinto encontro do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais, buscamos entender essas dimensões e compreender a Política Internacional e Negociações Climáticas em uma aula extremamente interessante direcionado pelo André Castro Santos (Coordenador técnico da LACLIMA) e Maria Gabriela Rodrigues de Souza (Analista de Política Internacional na LACLIMA), dois profissionais com trajetórias inspiradoras no cenário climático internacional (saiba mais sobre esses palestrantes no fim deste texto). 

Para falar sobre COP 30, é importante entendermos o cenário histórico pelos quais as grandes reuniões com pautas climáticas passaram. Entre encontros  considerados importantes e outros “fracassados”, a pauta de mudanças climáticas anualmente vem sendo discutida entre diversas nações e como elas podem mitigar o impacto humano no meio ambiente.

A aula começou trazendo esse panorama que, em minha opinião, iluminou o caminho do que poderia ser discutido na COP, que acontece em novembro em Belém, no Pará. 

Antes de adentrarmos neste assunto, gostaria de conceituar o que seria COP, pois muitas pessoas desconhecem a sua definição. A COP é uma Conferência das Partes, e Partes são os países que assinam e ratificam o tratado, adquirindo direitos e obrigações. E quem não ratifica os tratados? São considerados Signatários. Nesta conferência serão abordadas algumas obrigações, como:

• Reportar emissões de gases de efeito estufa;

• Formular e manter políticas que contenham medidas de mitigação;

• Cooperar no desenvolvimento e transferência de tecnologia, adaptação e conservação florestal;

• Considerar ações relacionadas ao combate às mudanças climáticas nas tomadas de decisão política e econômica.

Esses conceitos podem trazer um estranhamento, por isso nossos professores trouxeram um exemplo muito interessante que pode trazer uma melhor compreensão sobre o tema: 

Mas o que a gente deve esperar da COP 30 no Brasil? De acordo com nossos professores: muita representatividade. Organizações de Sociedade Civil que representam minorias têm se programado para trazer visibilidade para suas causas neste cenário. Além disso, com a esperança de terem seus interesses presentes na política internacional e nacional.

Na conclusão da aula foi trazida a reflexão sobre como as grandes conferências climáticas anuais são importantes, mas há uma crítica sobre a necessidade de transformar as discussões em ações concretas e mudanças reais nas nações, para que as políticas e negociações climáticas não permaneçam apenas no plano utópico.

Saiba mais sobre os palestrantes:

André Castro Santos

Pesquisador, advogado e geógrafo, mestre em direito ambiental pela USP e doutor em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Lisboa e em direito ambiental pela USP. Coordenador técnico da Latin American Climate Lawyers Initiative for Mobilizing Action (LACLIMA) e membro do Conselho Consultivo Acadêmico do Youth Climate Leaders (YCL).

Maria Gabriela Rodrigues de Souza 

Formada em Direito pela Universidade Federal do Tocantins. Analista de Política Internacional na Latin American Climate Lawyers Initiative for Mobilizing Action (LACLIMA). Em 2023 concluiu o curso em negociações climáticas oferecidas pela Harvard Law School (Climate Reality Project Negotiation Training. Anteriormente, foi assistente de pesquisa na McMaster University, Canadá, através do Emerging Leaders of the Americas Program. Em 2022, foi bolsista da Fundación Botín, Espanha, no Programa para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina. 

Texto escrito por Enock Galdino, Publicitário e participante da 12a edição do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais.