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Diário de Bordo - Aula 13: Agropecuária, Florestas e Uso da Terra

Em nossa décima terceira do aula do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais, destrinchamos um tema super importante: a relação entre Agricultura, Pecuária, Florestas e o Uso da Terra com as mudanças climáticas, ministrada pela Renata Potenza (Especialista em Clima e Emissões no Imaflora) (saiba mais sobre ela no fim deste texto).


E o que descobrimos? Que o agro tem um papel crucial nessa história, tanto como vilão quanto como potencial solução.


Pra começar, não dá pra fugir da realidade: o Brasil tem um problema sério com emissões de gases de efeito estufa, e a agropecuária é um dos principais responsáveis. Mas calma, não é pra jogar pedra no setor! A questão é complexa e envolve vários fatores. Um dos principais é o desmatamento, que ainda é uma prática comum para abrir espaço para a agropecuária. E as consequências são perda de biodiversidade, alterações no ciclo da água e, claro, aumento das emissões de carbono.  


Mas não é só o desmatamento que preocupa. A pecuária, por exemplo, é um dos maiores emissores de metano, um gás ainda mais potente que o CO2. O arroto do boi, acreditem, contribui significativamente para o aquecimento global. E a produção de grãos, como a soja, também tem seu impacto, seja pelo uso de fertilizantes ou pela conversão de áreas nativas.  


Diante desse cenário, o que podemos fazer? A resposta não é simples, mas passa por várias frentes. Primeiro, acabar com o desmatamento ilegal é fundamental. Não tem espaço para negociação nesse ponto. Além disso, precisamos repensar a forma como produzimos no campo. Práticas de baixo carbono, como a integração lavoura-pecuária-floresta, podem sequestrar carbono no solo e reduzir as emissões. A tecnologia também pode ser uma aliada, com sistemas de rastreabilidade que permitem ao consumidor saber a origem do que está comprando.  


Mas não adianta só mudar a produção, a gente também precisa mudar o consumo. Reduzir o consumo de carne, por exemplo, é uma medida que pode ter um impacto significativo. E as políticas públicas também têm um papel crucial. Precisamos de leis e incentivos que promovam a produção sustentável e penalizem as práticas predatórias. O Plano Clima é um passo importante, mas precisa ser implementado de forma eficaz.  


A COP 30, que vai acontecer no Brasil, é uma oportunidade de ouro para o país mostrar que está comprometido com a agenda climática. Mas para isso, precisamos de ações concretas e ambiciosas no setor agropecuário. Não dá pra ficar só no discurso.  


No fim das contas, a mensagem é clara: o futuro do planeta depende da forma como lidamos com a produção de alimentos e o uso da terra. É um desafio enorme, mas também uma oportunidade de construirmos um futuro mais justo e sustentável. E aí, vamos encarar isso juntos?


Saiba mais sobre as palestrantes:



Renata Potenza

Especialista em Clima e Emissões no Imaflora. Formada em Engenheira Florestal e Mestra em avaliação de serviços ecossistêmicos pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) da Universidade de São  Paulo (USP). Trabalha no Imaflora na área de clima, agricultura e pecuária, mensuração de carbono, implementação de práticas de baixo carbono e seus impactos. Possui experiência em projetos de sustentabilidade, inventário de emissões de GEE, mercados de créditos de carbono e economia de baixo carbono, principalmente relacionados ao setor florestal e agrícola. Ela é fellow e mentora da Youth Climate Leaders e membra do Climate Reality Project.


Texto escrito por Enock Galdino, Publicitário e participante da 12a edição do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais.


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