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Diário de Bordo - Aula 10: Cidade e Adaptação para Mudanças Climáticas

Atualizado: há 6 dias



Hoje o papo do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais foi sobre como as cidades estão na linha de frente da luta contra a crise climática. Por quê? Porque é no município que as políticas públicas nos atingem diretamente. A gente vive ali, sente os impactos e pode agir mais rápido. A aula Cidade e Adaptação para Mudanças Climáticas teve como palestrante Armelle Cibaka (Gerente de Planejamento, Gestão e Conhecimento do ICLEI América do Sul) (saiba mais sobre ela no fim deste texto). Muitas cidades estão começando com os inventários de emissões, um diagnóstico para entender de onde vem a poluição. Transporte? Resíduos? Uso da terra? Cada lugar tem sua realidade. Belém, por exemplo, mostrou que o transporte é o maior emissor. Surpreendente pra quem pensava que o problema seria a floresta, né?


Esse tipo de dado ajuda muito a direcionar políticas públicas. A gente não pode reduzir o carbono se não souber de onde ele vem. Mas não dá pra falar só de mitigar. A adaptação é essencial também. Tem eventos climáticos que vão acontecer de qualquer forma. O segredo está em saber como se preparar e ser resiliente. Por isso é preciso também fazer análises de risco e vulnerabilidade climática. A ideia é entender quais comunidades estão mais expostas, onde estão os maiores riscos e o que pode ser feito. Nem todo mundo tem as mesmas condições de reagir. A vulnerabilidade social, econômica e ambiental pesa muito. 


Outro ponto importante foi como até seguradoras estão entrando no jogo climático. Algumas cidades brasileiras, como Porto Alegre, já testam formas de se “assegurar” contra eventos extremos. É a lógica de mercado tentando se adaptar à nova realidade e a gente tentando proteger quem está mais vulnerável. 


E tem mais: natureza e clima não são só problemas técnicos, mas também uma oportunidade de reconectar territórios com suas vocações. Mar, floresta, e rios. Ofertando serviços que a gente pode valorizar. Pensando nisso, Belém vai apresentar na próxima COP um mapa inédito dos serviços ecossistêmicos urbanos. Um baita avanço!


Por fim, falamos do papel da juventude. Armelle contou que o ICLEI América do Sul possui programas nas escolas - como as Escolas Sustentáveis e os Embaixadores da Justiça Climática (crianças de 7 a 14 anos!), então vemos como é possível formar lideranças desde cedo. Elas participam ativamente dos comitês de sustentabilidade, propõem ideias e constroem planos de ação. Para finalizar, Armelle nos deixa uma mensagem inspiradora: não desistam. Vocês estão no caminho certo. A juventude tem um papel fundamental. Onde a gente puder abrir portas, vamos abrir.


Até a próxima! 



Armelle Cibaka

Gerente de Planejamento, Gestão e Conhecimento do ICLEI          América do Sul. Armelle é doutoranda em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde desenvolve pesquisas sobre desenvolvimento e reconstrução para governos locais em países pós-conflito. Possui mestrado em Relações Internacionais e especialização em Gestão de Projetos Globais e Prospecção de Recursos pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Pós-graduada em Direito Internacional Público e Bacharel em Direito Público, possui também especializações em áreas como Negociações Internacionais, Geopolítica, Assuntos Estratégicos, Gestão de Marketing, Gestão de Crises e Direitos Humanos.


Texto escrito por Ana Clara Caldas, publicitária e participante da 12a edição do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais.



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