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Diário da Aula 13: Agropecuária, florestas e uso da terra


Na sétima semana de aula, tivemos a oportunidade de aprender com Renata Potenza, especialista em Clima e Emissões no Imaflora. Engenheira Florestal e Mestra em Avaliação de Serviços Ecossistêmicos pela ESALQ/USP, Renata trouxe uma visão ampla e detalhada sobre a agropecuária, as florestas e o uso da terra no Brasil.

Ela começou com uma introdução sobre sua trajetória e o plano para a aula. Em seguida, mergulhou nos principais temas, como o desmatamento, as políticas públicas, as mudanças climáticas e a atuação dos setores público e privado. Um dado relevante que ela compartilhou é que quase metade das emissões no Brasil vem do desmatamento e da mudança no uso da terra, seguido pela produção agropecuária. Apesar da previsão de atualização dos dados em novembro de 2024, Renata destacou que esses valores tendem a se manter consistentes ao longo do tempo.



Uma dica interessante foi sobre o site do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), uma iniciativa do Observatório do Clima. Lá, é possível acessar informações detalhadas sobre as emissões de gases de efeito estufa no Brasil, organizadas por setor, o que facilita a análise.

Renata também trouxe à tona a questão das emissões de metano (CH₄), um gás com potencial de aquecimento 28 vezes maior que o CO₂, do qual o Brasil é o segundo maior emissor, em grande parte por causa do setor agropecuário. Ela explicou que, por ter um tempo de vida mais curto, reduzir as emissões de metano pode ser uma estratégia rápida e eficaz, especialmente se trabalhada em paralelo com a redução de outros gases.



No que diz respeito ao CO₂, Renata discutiu como o setor agropecuário pode tanto gerar quanto remover carbono, dependendo do manejo do solo, como através da agrofloresta. No entanto, ela ressaltou que são necessárias estratégias efetivas para que essas iniciativas tenham sucesso, já que se trata de uma agenda desafiadora.

Para minimizar o impacto ambiental do setor, Renata apontou que a redução do desmatamento deve ser o principal foco, propondo ações como: promover a regularização fundiária, prevenir e combater incêndios, fortalecer a cadeia produtiva da sociobiodiversidade, criar mecanismos de fiscalização e controle, implementar pagamentos por serviços ambientais e oferecer incentivos fiscais.

No encerramento, Renata abordou a necessidade de mudar os padrões de consumo, enfatizando que essa é uma tarefa difícil, mas essencial para alcançar uma economia mais sustentável. A aula foi muito interativa, com diversas contribuições dos colegas que enriqueceram o debate.

Foi uma aula inspiradora, e já estou ansiosa pela próxima!

Até mais!


Sobre a palestrante:

Renata Potenza

Especialista em Clima e Emissões no Imaflora. Formado em Engenharia Florestal e Mestra em avaliação de serviços de ecossistêmicos pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP). Trabalha no Imaflora na área de clima, agricultura e pecuária, mensuração de carbono, implementação de práticas de baixo carbono e seus impactos. Possui experiência em projetos de sustentabilidade, inventário de emissões de GEE, mercados de créditos de carbono e economia de baixo carbono, principalmente relacionados ao setor florestal e agrícola. Ela é membro do Youth Climate Leaders e do Climate Reality Project.


Texto escrito por Andressa Soares, Engenheira ambiental e participante da 11a edição do Curso YCL Mudanças climáticas: panorama, desafios e oportunidades para jovens profissionais.

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